quarta-feira, 12 de junho de 2013

Tough Mudder 2013: Já está!

Deixem-me pensar como é que eu consigo explicar isto... é que não tendo estado lá, torna-se mais complicado. Ficamos hospedados em Southampton  (a senhora do GPS que vive dentro do telemóvel do João insistia em carregar no "P", fazendo-nos pensar pensar que se tratava de outro local...), uma cidade caricata em que tudo fechava às 17h0.... era a loucura. O local da prova era de outro mundo. Após estacionarmos o carro, passávamos por aquilo que parecia ser a casa da Beatrix Potter (eu, pela parte que me toca, acho que era mesmo a casa da Beatrix Potter....) e, após muito pó, um cenário fantástico: campos e campos de verde de diferentes tonalidades, interrompidos apenas por obstáculos com nomes como "Funky Monkey", "Everest" ou "Mile Mud", entre outros...
 O João ingressou no espírito da prova a 200% e tornou-se moicano por um dia...Ou melhor, por dois. A O. quando o viu à chegada ao aeroporto perguntou onde é que ele tinha deixado o cabelo...

Podia escrever mais de 10.000 caracteres sobre isto, mas penso que aqui mais vale ver as fotografias. Os 15km fizeram-se num espírito de entreajuda, aliás o Tough Mudder não é uma corrida, mas um desafio, pânico, lama e deslumbre à mistura e muitas nódoas negras. Mesmo muitas :) Mas conquistadas e merecidas.  A lição a tirar é que, sem dúvida, somos sempre capazes de mais do que pensamos. Ah! E a união faz a força também se aplica! Outros dizeres como "As encostas não fogem" e "Não vale chorar" polvilharam o dia.
No final de tudo, ainda tivemos direito a um duche de água fria, ao ar livre, em que a lama caía em blocos! Não sei o que custou mais: se a prova, se o duche. Isso e a uma barrita LEV para aquecer que depois da corrida a cerveja não serviu para repor energias! Para o ano há mais, só não sabemos ainda é onde! Quem tiver ideias brilhantes, por favor partilhe!

domingo, 19 de maio de 2013

Sempre a subir e algumas dicas

Nós sabíamos que esta prova estava classificada como dificuldade alta. Quando levantámos os dorsais até fomos fazer parte do percurso de carro. Por isso mesmo, a surpresa não deveria ser muita. Mas, primeiro choveu (na verdade, acho que estavam a deitar baldes de água). Depois parou e deram a partida. Logo a seguir começámos a subir. E a subir. E a subir. Passámos o Chalet da Condessa e.. adivinhem... continuámos a subir até ao Castelo dos Mouros (GPS: 38º 47’ 24’’N 9º 23’ 21’’ W)) e passámos à entrada do Parque onde está o Palácio da Pena. E depois estava frio. Mas mesmo muito frio! E as subidas nunca mais acabavam..
Foram os dez quilómetros mais duros que fiz até hoje. A primeira prova que nos primeiros 500 metros já havia pessoas a andar. A única prova em que nos sentimos heróis por simplesmente não parar ou não andar. O nosso objectivo era correr a prova toda e chegar ao fim. Ambos foram cumpridos, apenas com um pequeno deslize, mas mesmo muito pequeno, junto ao Castelo dos Mouros. Na verdade, o que pareceu foi que subimos 9 km e descemos 1km... a pique! E desalmadamente a tentar compensar o tempo das subidas:)
No final, fomos recompensados com uma banana, um rico pacote com duas queijadas de Sintra, muita água e um belo arco íris no regresso a casa. Nas subidas só me lembrava das dicas que tinha lido no livro (Running Well) que a Inês me ofereceu nos anos: olhar em frente e não para o chão e não sucumbir à minha própria vontade de querer parar. Ah! E usar os braços...Aha! Quem é que é a maior??? uhm????

 Não sei se fizemos história ou não a correr como diz o diploma, mas a verdade é que a sensação de superação é bestial. Sabem que mais? Saiam do sofá e desliguem a televisão e vão correr. Depois vão perceber do que falo.
Ah! E caso vão correr para Sintra. Recomendamos vivamente um impermeável. Eu que corro sempre de t-shirt, até mesmo no Inverno, desta vez agradeci a roupa que tinha vestido. E não... não façam como o André e tragam um impermeável do vosso tamanho. Ou um saco do lixo. Mas, sobretudo, do vosso tamanho...

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Nigella, para que servem as ancas e granola caseira

No outro dia estava a ver a Nigella (Lawson) na televisão (às 5 da manhã, com o G. ao colo cheio de dores de dentes) e não consegui deixar de esboçar um sorriso. Numa época prolífera em dietas, a Nigella vira-se para a televisão, apoia um tabuleiro cheio de carne e afins na anca e diz: "Estão a ver, as ancas dão jeito!". Enfim, deu-me algum alento, embora prefira ancas com pouca gordura e muito músculo :) Por isso, muito obrigada pelo entretenimento madrugador Nigella, mas a malta por estes lados é menos gordura, massa e chocolate e mais azeite, legumes e saladas.
De qualquer forma, ao ver a Nigella a cozinhar fiquei com vontade de eu própria o fazer. Para todo o lado que me viro, tudo o que leio, todas as revistas que folheio, a mensagem começa a ser a mesma: para quê comprar, quando pode ser nós mesmos a fazer, controlando a 100% o que comemos. Assim, como complemento às refeições LEV, resolvi tornar-me mais activa na cozinha (entre crianças e trabalho, a motivação nem sempre está presente...).

 Assim sendo, depois de correr tudo à procura de Granola e de não encontrar em lado nenhum perguntei-me: "Mas, porque é que não faço eu?" E assim, juntei ingredientes, improvisei outros (não descobri a canela e por isso acrescentei uma especiaria chinesa com aniz, cardamomo e canela) e deitei mãos à obra. Os senhores que tinham vindo arranjar a máquina de lavar acharam estranho o que eu estava a fazer, o João perguntou o que cheirava tão e eu fiquei muito orgulhosa de mim mesma.
O João adora com iogurte grego natural, eu misturo em leite de soja light e a O. limita-se a fazer um ar de "ai que nojo" e pergunta onde andam os flocos dela. Os bons. Enfim...

Ingredientes
200g de aveia em flocos grossos
150g de nozes variadas a gosto (usei pistáchio, avelãs e pecã: era mesmo o que havia lá em casa)
50g de sementes variadas a gosto (usei de girassol, sésamo, chia, linhaça)
50g de coco seco ralado (em flocos)
1 colher (chá) de canela em pó (usei um pó de 3 especiarias chinês que descobri em Barcelona, que contém aniz, cardamomo e canela)
5 colheres (sopa) de mel
5 colheres (sopa) de óleo de canola ou milho
Preparação
Pré-aquecer o forno a 180˚C.
Numa taça coloque a aveia, nozes picadas grosseiramente, as sementes, coco ralado e a canela em pó. Misture o mel e o óleo e mexa. Coloque num tabuleiro de ir ao forno, espalhando uniformemente. Leve ao forno por cerca de 25 a 30 minutos, mexendo de 5 em 5 minutos até que fique dourada.
Retire.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Experimentar um banho de gelo

O que eu mais gosto dos meus "amigos" no Tough Mudder é que têm piada e estão sempre bem dispostos. Sabem aquelas empresas em que toda a gente gosta de trabalhar? Vá lá, façam um esforço... Caso ainda não tenham tido nenhuma ideia luminosa, deixo-vos o vídeo da equipa da Tough Mudder. É que após terem chegado a 1 milhão de participantes, resolveram dar à própria equipa uma dose do seu remédio!  E, quem tem piada merece tudo!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Santarém: o último a chegar é um ovo podre!

As corridas continuam a suceder-se e depois do louco trail de Sesimbra (em que a Inês e o André enveredaram pelos 21km e o João resolveu ir testar limites nos 50km), a corrida de Santarém foi uma verdadeira diversão. Como aliás se pode ver pelas imagens em cima. Esta foi sem dúvida a corrida com maior cobertura fotográfica, até porque (até que enfim!) tivemos um fotografo à altura, o Diego Muñoz. Sentimos de tal forma a "perseguição" papparazi que eu e a Inês batemos o nosso recorde para os 10km (fizemos em 57 minutos) e a Ana cumpriu o objectivo dos 5km. Quanto ao Pedro, o André e o João não fazemos comentários porque nem sequer os vimos durante a corrida e quando chegámos à meta já tinham comido o pampilho a que tinham direito!

 Numa noite que parecia de Verão, a Scalabis Night Race cumpriu tudo o que prometeu e não pudemos deixar de nos rir com as placas que íamos encontrando pelo caminho!

 Diego Muñoz
Diego Muñoz

Diego Muñoz

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A Visually é que sabe de corridas

Penso que esta infografia da Visually explica bem, em comparação com outros desportos, porque é que escolhi a corrida para me manter no patamar EVA! Nada como uma corridinha para queimar 1350 calorias em pouco tempo (isso e porque nadar não é bem a minha onda!).


Um tour por Lisboa

Há quem vá visitar países em turismo. Cidades. Museus ou praças. Eu e a Inês resolvemos ir correr cerca de 13km e fazer um pequeno tour por Lisboa. Ao longo do percurso fomos brindadas com a companhia de inúmeros adeptos de bicicletas urbanas no Velocité Café, ganhámos um sorriso de um rapaz jeitoso a descer a Fontes Pereira de Melo, demos informações a turistas na av. da Liberdade, ofereceram-nos um bitoque perto do Teatro D.Maria II, a vontade de comer um pastel de Nata na rua Augusta, uns piropos inofensivos em Alfama, uns gritos de encorajamento no regresso ao passarmos pelos Restauradores e uns olhares de estranheza na Jardim das Amoreiras.

Duas dicas: A primeira é que fica o aviso a todos os corredores que, para nosso lamento, não existe um único chafariz para beber água na Av. da Liberdade que funcione. O único que encontrámos operacional foi perto da Sé de Lisboa (em Alfama) e outro no Jardim das Amoreiras. A segunda dica é que começámos a colocar a braçadeira com o telefone por dentro do impermeável ou da camisola. Assim, não se percebe à primeira que o temos sequer. Mais vale prevenir do que remediar!

Ficámos orgulhosas de termos feito um belo sprint na rua Rodrigo da Fonseca, sempre a subir, assim como a corridinha para a Sé e a Av. da Liberdade. De não esquecer a enorme escadaria que acompanha o Ginásio Clube Português e que é deliciosa para os glúteos! Para isso e para cortar a respiração, claro! Uma noite em cheio!